PM aposentado é condenado a quase 19 anos de prisão por homicídio após briga de trânsito em Maceió

Gedival Souza Silva foi considerado culpado pela morte de motorista da Secretaria de Saúde

Por Da Redação com Gazetaweb 03/05/2024 - 17:46 hs
Foto: Ascom/MPAL


O policial militar aposentado Gedival Souza Silva foi condenado, nesta sexta-feira (3), a 18 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio de Fábio Jhonata da Silva, motorista da Secretaria de Saúde de Maceió. O crime ocorreu em 2021, no centro da capital, durante uma briga de trânsito.

 

 

Segundo o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), o julgamento estava inicialmente marcado para o dia 22 de abril deste ano, mas foi adiado devido à ausência de três testemunhas consideradas imprescindíveis pela defesa, bem como à falta de tempo para analisar o prontuário médico da vítima. O policial militar foi julgado por homicídio pelo Tribunal do Júri, no Fórum do Barro Duro, sob a condução do juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal de Maceió.

 

De acordo com o processo, o acusado e Fábio tiveram uma discussão de trânsito, durante a qual ambos desceram de seus veículos. Em seguida, a vítima se dirigiu ao seu carro e procurou algo no piso. Foi nesse momento que o policial militar correu para se armar e disparou duas vezes contra o motorista.

 

 

Gedival confessou o crime, afirmando que interpretou que Fábio representava uma ameaça para ele. Durante o interrogatório, o réu disse estar arrependido e que não tinha intenção de matar a vítima.

 

No entanto, o promotor de Justiça, Napoleão Franco, argumentou contra a tese de legítima defesa putativa apresentada pela defesa. Ele questionou a justificativa de que o policial imaginou que a vítima iria buscar uma arma e atirou pelas costas. O promotor enfatizou que, em plena consciência, ninguém dispara dois tiros pelas costas de uma pessoa se não tiver intenção de matar. Ele refutou a ideia de legítima defesa diante dos fatos apresentados.

 

Com essa condenação, Gedival Souza Silva agora cumprirá uma pena de quase 19 anos em regime fechado pelo homicídio de Fábio Jhonata da Silva. O Ministério Público reforçou a importância de que crimes como esse sejam punidos de forma adequada, garantindo justiça para as vítimas e evitando impunidade.